7 de junho de 2014

Real Gazeta Invicta

Foi no Fórum Fantástico 2013 que a Invicta Imaginária fez a primeira apresentação pública da antologia. Falaram da iniciativa, do teor ficção especulativa enraizado numa cultura portuguesa. Teve o lugar o anúncio dos autores seleccionados, houve conversas com os autores que estiveram presentes. Mas as editoras quiseram fazer algo mais especial: além de dar a conhecer o projecto tencionaram retribuir ao público que assistiu à apresentação no Fórum Fantástico dando-lhe a provar um primeiro gosto do universo winepunk. Imaginaram, assim, com os esforços dos autores e os seus, publicar a Real Gazeta Invicta.

Pediram-me para elaborar o cabeçalho de um jornal fícticio, num estilo algo barroco1. Os autores da antologia foram convidados a escrever pequenas notícias relacionadas com os espaços dos seus contos. A Joana Neto Lima montou o jornal, complementado com anúncios elaborados por ateliers artísticos. Complementaria muito bem a antologia, achei uma ideia interessante de promover este projecto.

Se a Monarquia do Norte no ano de 1920 tivesse um jornal não seria exagero meu dizer que teria tido uma representação bem fidedigna pela Real Gazeta Invicta.

Na prática, trata-se de um fanzine, com poucas páginas e de um tiragem reduzida de exemplares. Foram oferecidas no dia da apresentação e as que sobraram tiveram um destino peremptório. Não se perspectiva a republicação do fanzine.


Primeira página da Real Gazeta Invicta,
com design da Joana Neto Lima e textos dos autores

1 - e para tal usei a font Optimus Princeps

3 de junho de 2014

Antologia Winepunk - progresso

Resolvi optar pelo estilo preto-e-branco para a Antologia Winepunk usando canetas de precisão (uso as Pigma da Sakura). Variando a grossura do traço, brinquei um pouco com jogo de luzes e sombras. Quanto mais espaçados os traços mais luminosa pode ficar a trama ou textura ou personagem.

Começo pelo contorno das personagens e preencho com algumas tramas para dar-lhes volumes. Aos cenários eu pinto como se com pincel ou no photoshop, experimento grossuras de traço para ter diferentes cores de cinza, tendo o cuidado que esses tons sejam diferentes das usadas nas personagens, para maior clareza. Às partes de cenário longínquas experimento não lhes dar contornos, deixo que somente os tons definam a forma. Certas partes de cenários ou roupa, dado o pouco nível de detalhes que algumas requerem, eu tento através de texturas ou rabiscos dar-lhes presença, só para "fingir" que está ali qualquer coisa.

Se o fundo fosse escuro, eu começaria por trás e depois avançava para as personagens, assegurando que estas têm mais luz e menos negro.