Participação no concurso BD Avenida Marginal - 6ª edição
Nota: as cores ainda não estão terminadas.
Parece que vai tornar-se num costume, não terminar as coisas a tempo. Os anos vão passando, menos tempo há para fazer as coisas. Ou menos energia; bem vistas as coisas, uma coisa precisa da outra. Também é por isso que vou fazendo este exercício com esta história, ir fazendo uma página ou outra. A maior parte ainda está por ser escrita, e uma parte maior ainda está por ser imaginada (eheh). O melhor é não esperar pelo término da escrita, o que der para desenhar, desenha-se, senão não é feito nada. E já fica assente "em pedra", porque estar sempre a mudar de ideias é prejudicial.
Página iii do capítulo "um voo breve", que na verdade é a página i (verdade verdadeira deverá ser a página 4 porque estou a ter ideias para cenas anteriores...). Esta cena passa-se antes da cena do aparelho voador. Fiz aqui a técnica do foreshadowing, como dizem os anglófonos, para introduzir o aparelho voador que logo se segue. Agora que li a página, percebo que também resulta esta cena ser a seguir ao aparelho voador, podendo mesmo ser a última página. É um dos atractivos da criatividade, estar a mudar as coisas do sítio e imaginar a leitura que pode sair daqui. Mas como cada leitor pode ter a sua própria leitura (mesmo com uma BD pequenina), o melhor é não pensar tanto por esse prisma e concentrar apenas em contar uma história.
Não tenho a certeza daquela parte "sou druida, ela alquimista". Gostei de ter esta ideia mas eu conheço as personagens, por isso achei fixe. Estou a recordar-me do Stephen King: "kill your darlings". A ideia é boa mas está mal encaixada na cena. E se retirar essa ideia, o ritmo da cena até fica melhor. Fica aqui publicada nesta versão. Mais tarde, quando terminar as cores logo vejo se é para ficar.